Partimos de uma certa premissa, consoante a qual a história exibe-se como a mais importante das ciências, pois encerra como objeto o mais valioso artigo sob o pálio do capitalismo, a saber, o tempo!
Dada tal premissa, faz-se mister aduzir que o grande físico Albert Einstein nutria uma admiração confessa pelo filósofo Baruch de Espinosa, o qual, ao fulminar qualquer veleidade de transcendência divina e, por conseguinte, a ideia de um observador onipresente e onisciente fora do Universo, permitiu a superação das noções de espaço e tempo apartados e absolutos, com viabilizar portanto a vindoura acepção de espaço-tempo da teoria da relatividade.
Imperioso observar, ainda, que apenas dez anos separam as publicações, respectivamente, da Ética de Espinosa em 1677, dos Principia de Isaac Newton em 1687, sendo certo que ainda não foi estudada a influência exercida por Espinosa sobre Newton, mas este último rompeu definitivamente com a noção de espaço absoluto, de jaez religioso notadamente, combatida de certa forma pelo imanentismo de Espinosa.
Destarte, de Espinosa a Einstein, podemos dessumir a importância do monoteísmo hebraico na vindoura configuração do ateísmo moderno, sendo certo, todavia, que o Deus humanizado do cristianismo, na figura de Jesus Cristo, vale dizer, a divindade que se faz presente no mundo material e temporal dos seres humanos, pode ter inspirado a imanência de Espinosa!
(pelo coletivo do Núcleo de Estudos do Capital do Partido dos Trabalhadores)