Karl Marx, na segunda tese sobre Feuerbach, supera e transcende a dicotomia de jaez platônico entre racionalismo e empirismo, ao preconizar que é na prática que se prova a verdade objetiva de um pensamento, a saber, seu caráter terreno e sua realidade.
Mas muitos confundem empirismo com práxis, o que configura equívoco: o empirismo é estático e apreendido a posteriori pelo pensamento, enquanto a práxis é o próprio pensamento atuante e atual.
Dirão que o pensamento de Marx não preencheu, nesse caso, o requisito de veracidade por ele mesmo estabelecido, diante do naufrágio da experiência soviética.
Será?
Ao contrário do que os Fukuyama alardeiam, a história não terminou no capitalismo, e a hipótese comunista, na terminologia de Alain Badiou, ainda remanesce para ser testada na prática, apesar dos erros do passado.
Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
A experiência soviética e seu naufrágio são só uma parte do processo histórico-dialético que mostra que Marx estava certo em relação ao capital, que era o verdadeiro objeto de sua poderosa crítica
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