Como parece lícito dessumir do texto intitulado Número e Mercadoria, o número consiste em delimitação arbitrária, que engendra dialeticamente seu contrário, o infinito, isto é, a ausência de limites.
Mas esta delimitação decorre também das relações de produção, maxime da propriedade privada dos meios de produção, que é na verdade uma extensão da individualidade.
Mas o indivíduo é um construto ideológico, carente de consistência e concretude quando dissociado das sociedades atual e precedente que o produzem.
Expressão da propriedade privada dos meios de produção, o capital encerra, todavia, uma tendência inerente à acumulação infinita, que se contrapõe a um mundo finito e, portanto, engendra crises econômicas e ecológicas.
Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
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