Através do mecanismo do complexo de Édipo, o ser humano individualmente considerado dissocia-se de seus pais e do passado e constroi seu Ego, base material dos conceitos correlatos de número e de infinito (como vimos no texto imediatamente precedente), o que lhe permite edificar uma vida independente na constituição de uma família própria.
Mas a delimitação imanente ao Ego é mistificadora, pois o indivíduo é de fato fruto da sociedade passada e da sociedade atual em que vive, podendo ser considerada como construto ideológico, base do liberalismo individualista, verbi gratia.
Por Luis Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
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