A hodierna revolução digital, ao promover a adoção em larga escala do trabalho assalariado eminentemente intelectual na produção de software, atenuou, como anteriormente postulado, a linha limítrofe clássica entre o trabalho manual (proletariado) e o trabalho intelectual (capitalistas).
Promoveu, ainda, uma profunda fissura no âmago da classe operária, composta agora por uma aristocracia de trabalhadores assalariados eminentemente intelectuais, suscetíveis de mobilização pelo fascismo e atual ideologia do empreendedorismo, que se opõe ideologicamente aos clássicos trabalhadores assalariados eminentemente manuais da indústria fabril.
Encetou, ainda, uma nova divisão internacional do trabalho, com o centro do sistema capitalista mundial, liderado pelos Estados Unidos, caracterizado pela produção de software sofisticado, como a inteligência artificial, e uma periferia consumidora de desse produto e ainda dependente do trabalho eminentemente manual da indústria fabril tradicional.
Hipótese sub judice.
por LUIS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador.
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