A existência do dinheiro, a saber, o fenômeno monetário decorre diretamente da dissociação entre produção e consumo, nomeadamente da diminuta velocidade de circulação de mercadorias e de capital, de tal sorte que, quanto maior a velocidade supracitada, menor a necessidade e a quantidade de dinheiro circulante, bem assim mais independente de um suporte material exibe-se o dinheiro, que de moeda metálica evoluiu para as modernas moedas digitais.
Anteriormente à sua inserção no âmbito da produção como capital propriamente dito, o dinheiro beneficiava-se da reduzida velocidade da circulação de mercadorias e ensejava a extração de mais-valia mediante as variações de preços dos distintos valores de uso, com os mercadores comprando barato e vendendo caro, de tal sorte que, quanto menor a velocidade de circulação de mercadorias, maior era a mais-valia extorquida.
Com o advento do capital propriamente dito, a saber, do dinheiro na compra e venda da força de trabalho, inserindo-se no âmbito da produção de mercadorias, a relação supracitada inverte-se, de tal maneira que quanto maior a velocidade de circulação de mercadorias ou de capital, maior a taxa de lucro do capital industrial, em razão da diminuição dos faux frais.
A atual revolução digital aumentou a velocidade de circulação de capital e incrementou, assim, a taxa de lucro do capital industrial.
Hipótese sub judice.
por LUIS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador.
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