1. A mais-valia absoluta é extraída no processo de produção de capital, mais especificamente na compra e venda da força de trabalho, mediante a diferença entre o valor dessa força de trabalho e aquele produzido pelo respectivo trabalhador em sua jornada laborativa;
2. A mais-valia relativa é extraída no processo de circulação de capital, mediante a diferença de preço da mercadoria em relação ao seu valor, isto é, o capitalista tecnicamente pioneiro consegue vender sua mercadoria por um preço menor do que o valor vigente da mercadoria, porém maior do que o tempo de trabalho que ele gasta para produzi-la;
3. Acalento aqui a hipótese da existência de um segundo gênero de mais-valia relativa, também extraída no processo de circulação de capital, mediante a produção de mercadorias que correspondem a valores de uso inauditos, isto é, que satisfazem novas necessidades humanas, vendidos por um preço maior do que o seu valor, ou maior do que o tempo de trabalho socialmente gasto na sua produção.
4. As formas de mais-valia de 1 e 2 são típicas da primeira revolução industrial, a inglesa do século XVIII, enquanto a forma de mais-valia de 3 é típica da segunda revolução industrial dos séculos XIX e XX, que introduziu novos valores de uso.
São conjecturas sub judice.
por LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador.
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ResponderExcluirValeu camarada Serginho, grande abraço fraterno!
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