1. No primeiro livro de sua monumental obra-prima de crítica da economia política intitulada O Capital, Karl Marx identifica com precisão a força de trabalho como mercadoria especial do modo capitalista de produção, malgrado deixe de investigar mais detidamente o processo de produção dessa força de trabalho, enquanto mercadoria, de forma SOCIALIZADA pelo Estado capitalista, seja através do exercício do monopólio jurídico da violência, seja através da prestação de serviços como saúde e educação.
2. Já no segundo livro de tal obra magna, Marx simplesmente deixa de investigar o processo de circulação da força de trabalho enquanto mercadoria, o que foi ulteriormente efetuado por Keynes e Kalecki, os quais, todavia, não investigaram com o devido afinco o aludido processo de produção de tal força de trabalho, de forma socializada, pelo Estado capitalista, nos moldes acima mencionados.
3. Urge, pois, investigar o PROCESSO DE PRODUÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO, tarefa que se impõe à crítica marxista da economia política, algo que já se exibia previsto no projeto originário de Karl Marx inscrito nos Grundrisse, particularmente no que pertine ao livro que seria dedicado ao trabalho assalariado.
por LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador.
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