Com a transformação da força de trabalho em mercadoria decorrente da acumulação primitiva de capital, que separou o trabalhador de seus meios de produção, há uma ruptura definitiva entre o valor da mercadoria e o valor do dinheiro metálico que a substitui na respectiva circulação, e o pagamento do trabalhador transforma-se em salário em moeda fiduciária que remunera não mais o trabalho, mas a força de trabalho de que é extraída a mais-valia.
Mas a emissão de moeda fiduciária pelo Estado capitalista pressupõe uma certa acumulação primitiva de ouro como seu lastro, acumulação esta cuja consecução fora haurida pelo Estado moderno mercantilista.
Tal lastro em ouro perde-se paulatinamente depois com a ascensão do capital financeiro, os acordos de Bretton Woods e o plano Marshall, quando se consolida o predomínio econômico dos EUA.
Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
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