A teoria clássica do valor, notadamente na obra de Adam Smith, que examina o valor no âmbito do processo de produção de capital, é coetânea da primeira revolução industrial, que afetou primordialmente esse processo de produção, sem incidir intensivamente no processo de circulação de capital, eis que manteve inalterados os valores de uso das mercadorias, máxime no ramo têxtil.
O marginalismo em teoria econômica, por seu turno, é coetâneo da segunda revolução industrial, e examina o valor no processo de circulação de capital, sendo certo que a mencionada segunda revolução industrial incidiu não apenas no âmbito da produção de capital, mas também no da circulação de capital, porquanto inaugurou novos valores de uso, correspondentes a novas necessidades humanas.
A terceira revolução industrial, a saber, a hodierna revolução microeletrônica ou digital, provavelmente ressuscitará de forma hegemônica a teoria marxista do valor, que operou uma síntese, notadamente no livro terceiro de O Capital de Marx, entre os processos de produção e de circulação de capital.
A confirmar.
Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
Já comentei que na última edição da Mouro escrevi uma resenha do livro “Pós-capitalismo", de Paul Mason. Uma das principais hipóteses dele é a de que a teoria do valor de Marx é a única capaz de explicar as dinâmicas extremamente contraditórias da atual economia da informação.
ResponderExcluirMuitíssimo grato camarada Serginho, vou procurar ler essa importante obra que você comentou, valeu, grande abraço fraterno!
ExcluirPerfeito
ExcluirValeu camarada Lincoln, notável vanguardeiro do proletariado, grande abraço fraterno!
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