1. Consoante se dessume do capítulo décimo do livro primeiro de O Capital, o capitalista pioneiro e precursor na adoção de inovação tecnológica, que aumenta a força produtiva do trabalho, consegue diminuir os preços de suas mercadorias e abroquelar, destarte, uma parcela maior da demanda por essa espécie de mercadoria, obtendo maior lucro.
2. Todavia, quando a inovação tecnológica em comento socializa-se, há uma queda das taxas de lucro, consoante o livro terceiro da obra aludida, que é de alguma forma repassada para os preços das mercadorias, gerando o fenômeno inflacionário.
3. Os ciclos de preços provavelmente sejam uma derivação da combinação de 1 e 2.
4. Eis acima algumas linhas hipotéticas de investigação.
Por LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador e membro fundador do Núcleo de Estudos do Capital do Partido dos Trabalhadores.
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ResponderExcluirEste raciocínio localiza a origem do fenômeno inflacionário na esfera da produção e não da circulação, como defende o senso comum. Por outro lado, há autores marxistas que identificam no combate quase religioso do neoliberalismo à inflação uma tentativa de retirar o excesso de moeda da esfera da circulação, onde pode-se travar alguma luta pela recomposição salarial, fortalecendo os sindicatos e aquecendo a luta de classes, e transferi-lo para a esfera especulativa da negociação de papeis e títulos públicos quase totalmente restrita aos donos do capital e cujos mecanismos de funcionamento são bem mais abstratos para a grande maioria das pessoas.
ResponderExcluirExcelente comentário camarada Serginho, muito obrigado, vamos continuar esse debate, grande abraço fraterno!
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