A União Soviética, como parece cediço, exibiu altas taxas de crescimento econômico desde sua fundação até os estertores da década de 1970, quando sua economia começou a declinar, ou seja, seu milagre econômico corresponde precisamente ao período da assim designada segunda revolução industrial, caracterizada pela ascensão da indústria pesada de bens de consumo duráveis, máxime o automóvel.
Quer me parecer, portanto, que a planificação econômica centralizada soviética logrou sucesso quanto a tal revolução industrial, mais circunscrita ao processo de produção de capital, mas malogrou quanto à subsequente revolução digital, a qual promoveu reviravolta no processo de circulação de capital, com novos valores de uso vinculados a tal processo.
Parece certo, outrossim, que a crítica da economia política de Karl Marx privilegiou, em alguma medida, a investigação do processo de produção de capital em detrimento do processo de circulação de capital, talvez pela limitação imposta pelo seu estado de saúde.
Seria urgente, nesse caso, uma revisão da crítica da economia politica voltada ao processo de circulação de capital, talvez seu aprofundamento?
Hipóteses sub judice.
Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
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