quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

PACIÊNCIA CHINESA

 Em interessante artigo publicado pelo jornal britânico Financial Times e republicado pela Folha de São Paulo, enaltece-se a paciência da empresa Microsoft, que levou vinte anos para lograr a façanha de obter um microprocessador quântico lastreado em férmions e batizado pelo epíteto Majorana 1, em homenagem justa ao célebre e misterioso físico italiano.


A extinta União Soviética, como já ventilei aqui, entrou em colapso pela contradição entre suas avançadas relações de produção ou propriedade e as incipientes forças produtivas, nomeadamente sua fragilidade em computação e, portanto, em termos de computação quântica, única capaz de processar trilhões de dados de produção e consumo de todos os agentes econômicos para fins de planificação econômica socialista.


Mas a paciência da Microsoft é tímida em cotejo com a paciência do Partido Comunista Chinês, que desde a década de 1970 está em compasso de espera do desenvolvimento de suas forças produtivas, máxime da computação quântica, para adotar relações de produção realmente socialistas e uma planificação econômica digna dessas relações de produção.


Michelangelo tinha mesmo razão:


Genialidade é paciência, algo que os chineses têm de sobra.





Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.

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