Uma das contradições básicas do capital insere-se na contraposição entre seus processos, respectivamente, de produção e de circulação.
Para o primeiro processo, o ideal seria que o tempo de circulação fosse tendencialmente nulo, isto é, igual a zero, de tal sorte que a cada aumento da composição orgânica do capital, com a correspondente queda da taxa de lucro industrial, deveria corresponder uma diminuição do tempo de circulação para arrostar esta última consequência (queda da taxa de lucro), mediante o aumento da massa de mais-valia obtida no mesmo lapso temporal.
Para o segundo processo, o ideal seria que o valor da mercadoria fosse tendencialmente igual a zero e o número de mercadorias individuais tendencialmente infinito, como forma de maximização do lucro comercial e diminuição do tempo de estoque.
Disso resulta que o processo de produção de capital necessita da anulação do tempo do processo de circulação respectivo, ao passo que este necessita da anulação do tempo de produção, o que explica que as revoluções tecnológicas bem sucedidas afetem ao mesmo tempo os processos de produção e de circulação de capital, diminuindo simultaneamente seus tempos de manifestação.
Tal singela e incipiente conjectura deve ser demonstrada nas formas empírica e teórico-matemática.
(por LUIS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA)
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