1. Durante a Idade Moderna, os países ibéricos acumularam metais preciosos internamente e desenvolveram a manufatura em suas colônias ultramarinas, como a indústria açucareira com trabalho escravo no Brasil, cujos lucros, todavia, eram escoados para as respectivas metrópoles por intermédio do exclusivo colonial e do comércio de escravos;
2. No mesmo período, a Inglaterra, preterida na corrida colonialista, desenvolvia uma forte manufatura interna fundada no trabalho livre e observava a introdução do capital na produção agropecuária, com os correlatos cercamentos, bem assim acúmulo de metais preciosos mediante exportação de manufaturados para as nações predominantes do antigo sistema colonial;
3. A precoce introdução do capital no âmbito da produção, tanto agropecuária quanto manufatureira, bem assim o acúmulo de metais preciosos, atribuíram aos britânicos a dianteira no desenvolvimento das condições para a ulterior subsunção real do trabalho no capital com o advento da revolução industrial, esta precedida pela revolução puritana e também pela fundação do Banco da Inglaterra, já no século XVII.
Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário