Na belíssima película cinematográfica intitulada “A escavação”, exibe-se a teoria de que a morte não encerra relevância social, mas tão somente individual, porquanto a história prossegue inexorável e inabalável diante do ocaso do indivíduo, sendo certo que ao arqueólogo cabe revolver os vestígios fúnebres da impassível deusa Clio.
Na reprodução sexuada, cada indivíduo aspira à imortalidade da espécie, ciente, todavia, de que não participará de suas glórias vindouras.
Mas olhem:
Essa espécie também experimentará seu crepúsculo, de tal sorte que, mais uma vez, postulo que a ontogênese recapitula a filogênese, eis que a morte das civilizações simula aquela dos indivíduos.
Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
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