Já tivemos a oportunidade de destacar aqui que o tempo é um construto cerebrino humano, decorrente da mortalidade humana, enfim, uma ilusão no seu sentido linear e absoluto.
Para Marx, as sucessivas categorias econômicas, correspondentes às sucessivas relações históricas de produção - tais como mercadoria, dinheiro, capital industrial, renda fundiária e capital financeiro - acumulam-se e tornam o modo de produção mais complexo, mas não morrem, isto é, vão sendo incorporadas em relações de produção mais complexas, mas não se extinguem, apenas convolam-se em sucessivos modos de produção.
Por isso que, para Marx, a anatomia do homem é a chave da anatomia do macaco.
Não há morte nem tempo nas categorias econômicas históricas e sucessivas na obra de Marx, mas movimento, acúmulo e crescente complexidade.
Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
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