quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Memória Petista:

O QUE É BOM A GENTE TAMBÉM PUBLICA!


Sabe "comoé" !!







Um grupo de 35 deputados federais divulgou na tarde desta quinta-feira 27 uma manifesto no qual pede a saída de Eduardo Cunha (PMDB) da presidência da Câmara após a denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro e contra ele apresentada na semana passada pela Procuradoria-Geral da República.
Cunha é acusado de receber ao menos 5 milhões de dólares em propina, parte disso por meio da igreja evangélica Assembleia de Deus, fruto do esquema de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato. Após a denúncia ao STF, Cunha se disse "absolutamente sereno" e afirmou que não pretende renunciar à presidência da Câmara.
No documento publicado nesta quinta, os deputados afirmam que a denúncia é "gravíssima" e "torna insustentável a sua permanência na Presidência da Casa". Para os deputados, "a diferença da condição de um investigado em inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes", dizem.
Para os deputados, Cunha não pode continuar a presidir a Câmara, pois o cargo exige "equilíbrio, postura ética e credibilidade" e o peemedebista "já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa".
O PT é o partido com mais signatários do manifesto anti-Cunha: são 18 dos 35 deputados. O PSB aparecem em seguida, com seis signatários. Do PMDB, partido de Cunha, o único a assinar o documento é Jarbas Vasconcelos, que faz oposição ferrenha ao companheiro de sigla e chegou a afirmar que ele instaurou uma "ditadura" na Câmara.
Assinam o texto Adelmo Carneiro Leão (PT-MG), Alessandro Molon (PT-RJ), Arnaldo Jordy (PPS-PA), Chico Alencar (PSOL-RJ), Chico D'Angelo (PT-RJ), Clarissa Garotinho (PR-RJ), Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), Eliziane Gama (PPS-MA), Erika Kokay (PT-DF), Givaldo Vieira (PT-ES), Glauber Braga (PSB-RJ), Heitor Schuch (PSB-RS), Helder Salomão (PT-ES), Henrique Fontana (PT-RS), Ivan Valente (PSOL-SP), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Jean Wyllys (PSOL-RJ), João Daniel (PT-SE), Jorge Solla (PT-BA), José Stedile (PSB-RS), Julio Delgado (PSB-MG), Leonardo Monteiro (PT-MG), Leônidas Cristino (PROS-CE), Leopoldo Meyer (PSB-PR), Luiz Couto (PT-PB), Luiza Erundina (PSB-SP), Marcon (PT-RS), Margarida Salomão (PT-MG), Moema Gramacho (PT-BA), Padre João (PT-MG), Pedro Uczai (PT-SC), Sergio Moraes (PTB-RS), Silvio Costa (PSC-PE), Valmir Assunção (PT-BA) e Waldenor Pereira (PT-BA).
Abaixo, a íntegra do documento:
A denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por corrupção e lavagem de dinheiro, apresentada pela Procuradoria Geral da República, é gravíssima. Com robusto conjunto probatório, ela não apenas reforça as informações sobre o envolvimento de Cunha no esquema criminoso investigado pela Operação Lava Jato, como expõe o Parlamento brasileiro e torna insustentável a sua permanência na Presidência da Casa.
O Ministério Público acusa Eduardo Cunha de corrupção e lavagem de dinheiro – referente ao recebimento de US$ 5 milhões de um lobista e outras milionárias transações. Apurou-se também que Cunha se utilizou de requerimentos de informação para chantagear empresários que estariam com parcelas de propina em atraso – requerimentos esses originados em seu gabinete e assinados pela então deputada Solange Almeida. 
A diferença da condição de um investigado em inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do Ministério Público, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa. 
Exercer a Presidência da Câmara dos Deputados exige equilíbrio, postura ética e credibilidade. A responsabilidade de dirigente maior de uma das casas do Poder Legislativo é incompatível com a condição de denunciado. Em defesa do Parlamento, clamamos pelo afastamento imediato de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados.

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