Na publicação imediatamente precedente, postulei que uma biografia pode ser inútil para elucidar a obra de um grande cientista caso não abroquele o desenvolvimento histórico das relações de produção que a engendraram, nos termos do anti-humanismo teórico proposto por Louis Althusser.
Ora, Karl Marx é um dos maiores, senão o maior, cientista social da história, podendo ser inserido em um panteão que abrange Isaac Newton, verbi gratia.
Mas mesmo a obra de Newton foi em parte transcendida pela teoria da relatividade e pela mecânica quântica, o que não a desmerece em absolutamente nada.
Sartre aduzia que o marxismo é insuperável, enquanto não forem superadas as condições que o engendraram.
Ele estava correto, pois um dia a obra de Marx deverá ser ultrapassada, ainda que em parte, por novas relações de produção que suplantarão as relações de produção capitalistas, objeto de sua investigação científica.
A imponente figura de Karl Marx, todavia, jamais deixará de ser relevante, pois seu legado científico é atemporal.
POR LUIS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA.
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