Hodiernamente, observa-se uma evidente pletora pandêmica de afastamentos do trabalho por doenças mentais de nexo etiológico infortunístico.
Na década de 1990, quando atuei como procurador federal no âmbito de acidentes do trabalho, ainda predominavam os acidentes típicos e as mesopatias como lesões por esforços repetitivos, disacusias e anacusias, enfim, doenças relacionadas ao trabalho manual tipicamente fabril.
Atualmente, no entanto, com a revolução digital e aquilo que denomino subsunção total do trabalho no capital, vale dizer, o advento do trabalho eminentemente intelectual subsumido no capital produtor de programas de computador, ou software, as mesopatias convolaram-se em doenças mentais laborativamente incapacitantes.
A inteligência artificial como capital fixo tende a agravar tal situação, ao pressionar pela celeridade e produtividade do trabalho humano eminentemente intelectual.
Notas sub judice a desenvolver.
por LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador.
reflexão importante e pertinente, aos poucos o ser humano está delegando a tarefa de pensar, isso vai gerar no futuro uma fatura muito alta a propria sobrevivência da especie humana
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