Sejamos bem didáticos.
Cenário econômico no Brasil atual:
1. Alto índice de ocupação da força de trabalho;
2. Altas taxas de juros;
3. Inflação em declínio.
Muitos dirão: isso indica que o Banco Central do Brasil está correto na sua política monetária de combate à inflação. Vejamos.
Com baixo nível de desemprego, o capital não consegue arrostar o declínio tendencial de sua taxa de lucro mediante redução de salários, de tal sorte que há a necessidade de aumentar os preços das mercadorias que produz, já que investir na produção de forma inovadora, para reduzir tais preços, poderia causar maior queda tendencial da taxa de lucro.
Mas a alta taxa básica de juros determinada pelo Banco Central compensa tal situação, de tal sorte que o capital deixa de aumentar os preços das mercadorias que produz pois compra títulos da dívida pública que remuneram nababescamente, deixando outrossim de investir na produção.
Mas a dívida pública, desta forma, não tende a crescer no médio e longo prazo, pressionando a inflação com maior gasto público?
Bem, esta é uma outra história, pois, sob a égide do capital, o planejamento da economia não parece encerrar escopo muito além dos ganhos imediatos dos seus detentores.
ALEA JACTA EST!
por LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador.
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