Carl Gustav Jung compilou evidências de que o inconsciente coletivo universal, encontradiço em todas as civilizações e culturas, é povoado por arquétipos igualmente universais, de teor geralmente associado à perpetuação da sociedade pela reprodução sexuada.
Ousaria suscitar a hipótese de que tal inconsciente coletivo também é composto por arquétipos de conteúdo econômico, associados à perpetuação da sociedade pelo trabalho e de jaez também universal.
Nesse diapasão, sabemos desde a obra de Marx e Engels que os seres humanos contraem entre si relações de produção involuntárias e que os governam de forma heterônoma e alienada, bem assim que tais relações são reificadas em objetos tais como a mercadoria, o dinheiro e o capital.
Ora, tais objetos também integram um inconsciente coletivo universal, e ousaria denominá-los provisoriamente como arquétipos econômicos.
Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
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