Adam Smith cingiu-se ao processo de produção de capital, enquanto os neoclássicos enfatizaram o processo de circulação de capital, mas nenhuma dessas correntes teóricas divisou em profundidade a compra e venda da força de trabalho.
Keynes vislumbrou tal compra e venda da força de trabalho, mas cingiu-se ao seu trato no âmbito do processo de circulação de capital, como ocorre com Arthur Cecil Pigou, o expoente neoclássico que ele se propôs a criticar; Keynes hauriu avanços em relação a Pigou, sem subvertê-lo completamente.
Karl Marx foi mais longe e desvelou a extração da mais-valia ao tratar a compra e venda da força de trabalho como momento do processo de produção de capital, deslocando-a do processo de circulação de capital, e nisso consiste o jaez radical e revolucionário de sua obra.
Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
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