Parece haver um pêndulo histórico entre as teorias marginalista e marxista do valor econômico, de tal sorte que a primeira incide nos momentos em que os lucros são predominantemente extraídos no processo de circulação de capital, enquanto o marxismo incide nas épocas de lucros auferidos predominantemente no processo de produção de capital, senão vejamos:
No período manufatureiro da Idade Moderna, quando prevalece o mercantilismo e o antigo sistema colonial, os lucros são auferidos basicamente no processo de circulação de capital mediante as diferenças de preços, nos distintos lugares, dos valores de uso exóticos, prevalecendo a teoria marginalista do valor econômico.
Com o advento da maquinaria e grande indústria na revolução industrial inglesa do século XVIII, passa a prevalecer a teoria marxista do valor econômico, com extração de lucro basicamente no processo de produção de capital, sem alterações importantes nos valores de uso e, portanto, no processo de circulação de capital.
Com a segunda grande revolução industrial entre os séculos XIX e XX, volta a prevalecer a teoria marginalista, eis que há importantes inovações nos valores de uso e no processo de circulação de capital com a adoção em larga escala da eletricidade, de tal sorte que os lucros são auferidos eminentemente neste processo de circulação.
Hipóteses sub judice.
por LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador.
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