Consoante já muito bem ressaltado nesta plataforma digital pelo companheiro LINCOLN SECCO, professor de história da Universidade de São Paulo e membro deste núcleo temático de estudos vinculado ao Partido dos Trabalhadores, a desindustrialização brasileira é um fato consumado e irrefutável.
Karl Marx asseverava que os países industrializados do centro do modo capitalista de produção revelam a faceta vindoura dos países da periferia deste modo de produção, parecendo lícito ventilar que os Estados Unidos da América, epicentro do capitalismo mundial hodierno, exibe a indústria mais avançada desse sistema econômico mundial, a saber, a indústria da mercadoria consubstanciada no software, cujo ápice atualmente se manifesta na assim designada inteligência artificial.
A indústria de software, todavia, demanda força de trabalho altamente qualificada sob prisma intelectual e, portanto, uma sistema educacional também altamente qualificado e voltado a tal indústria.
Logo, uma política moderna de industrialização não dependente nem periférica, no modo de produção capitalista, demanda esforço governamental concentrado na produção industrial de software e no célere desenvolvimento do sistema educacional nacional dirigido a essa produção industrial.
Entrementes, tal política industrial favorecerá, por óbvio, a vindoura planificação econômica descentralizada de jaez socialista lastreada em algoritmo central alimentado pela internet com dados de produção e consumo econômicos em tempo real, consoante também já aventado neste espaço.
por LUIS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador.
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