A redução da jornada de trabalho constitui reivindicação histórica da classe trabalhadora que pode beneficiar o conjunto da sociedade de forma didática e pedagógica, senão vejamos:
Ela reduz o desemprego e aumenta a massa salarial, com ampliar a demanda efetiva e reduzir, assim, os gastos sociais estatais, o que mitiga destarte a pressão inflacionária e propicia redução das taxas de juros.
Tal redução das taxas de juros, por seu turno, reduz o custo do capital e, assim, compensa eventual diminuição da taxa de lucro, diminuição esta que, como muito bem destacado por LINCOLN SECCO, nem sequer se mostra provável se considerado um prazo longo, pois o capital tem historicamente auferido os ganhos de produtividade em maior escala do que a classe trabalhadora.
Em um país que exibe a pior distribuição de renda do mundo e taxas de juros asfixiantes, a redução da jornada de trabalho será benfazeja para todos.
por LUIS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador, que hauriu tais ideias, conquanto incipientes, das discussões no NÚCLEO DE ESTUDOS DO CAPITAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES.
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