Encerraria a guerra o condão de acelerar a história?
É cediço que Marx asseverou em O Capital que a violência é a parteira de toda velha sociedade que está prenhe de uma nova.
É também notório, até mesmo pela sua difusão nas artes cinematográficas, o papel da Segunda Guerra Mundial na célere desinibição da ciência da computação, provocada pela necessidade de decodificação dos códigos militares nazistas, em que o matemático britânico Alan Turing desempenhou função axial, malgrado a deselegância criminosa com que este cientista foi tratado pelo governo inglês, devido à sua ostensiva homossexualidade.
A guerra civil conhecida como Revolução Puritana do século XVII, também em paragens britânicas, muito provavelmente acelerou o processo de derrocada feudal e constituição da primeira democracia burguesa da história, bem assim a revolução industrial do século seguinte na mesma Inglaterra.
Os exemplos históricos dessa aceleração, notadamente no âmbito capitalista, são inesgotáveis, de tal sorte que se nos antolha ocioso enumerá-los.
Mas que dizer do longo feudalismo europeu, mil anos de guerras infindáveis que, malgrado esse fato, exibia letargia econômica também notória se comparada com o hodierno modo capitalista de produção?
Talvez, as guerras cumpram seu papel acelerador da história mais especificamente no capitalismo atual, ou na eclosão desse modo de produção onde ele ainda se encontra embrionário.
por LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador.
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