sábado, 15 de junho de 2024

O FASCISMO E A REVOLUÇÃO DIGITAL

O fascismo do século passado, típico da segunda revolução industrial, aquela da indústria pesada, consistia basicamente na ideologia nacionalista da aliança de classe entre capital e trabalho contra o inimigo externo.

O fascismo hodierno exibe-se mais perigoso, pois a revolução digital criou um substrato socioeconômico que torna despiciendo o inimigo externo para tal aliança de classe.

Sim, pois criou uma aristocracia operária de trabalhadores assalariados produtivos eminentemente intelectuais que produzem software, cujos salários são mais altos e que se identificam política e ideologicamente com a atividade eminentemente intelectual do capital, máxime na ideologia do empreendedorismo. 

O fascismo hodierno hauriu solo fértil na revolução digital ou microeletrônica, devendo ser combatido pela hegemonia da classe trabalhadora tradicional das primeiras revoluções industriais, mas nota bene:

Essa aristocracia operária digital desempenhará papel axial na planificação econômica descentralizada vindoura do socialismo e ulterior comunismo, ao desenvolver o software de algoritmo central que se desincumbirá dessa planificação. 

A ordem do dia contra o fascismo portanto é:

A classe trabalhadora é uma só. 




POR LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador. 

2 comentários:

  1. Sim, mas os novos desenvolvimentos em IA incluem a substituição de muitos dentre a massa de programadores de software

    ResponderExcluir
  2. Desculpe, li muito apressadamente o texto. Concordo que não seria a "aristocracia operária" dos softwares a camada social capaz liderar um processo revolucionário. Mas tenho dúvidas quanto ao que você quis dizer quando se refere a trabalhadores das primeiras revoluções industriais.

    ResponderExcluir