O fascismo do século passado, típico da segunda revolução industrial, aquela da indústria pesada, consistia basicamente na ideologia nacionalista da aliança de classe entre capital e trabalho contra o inimigo externo.
O fascismo hodierno exibe-se mais perigoso, pois a revolução digital criou um substrato socioeconômico que torna despiciendo o inimigo externo para tal aliança de classe.
Sim, pois criou uma aristocracia operária de trabalhadores assalariados produtivos eminentemente intelectuais que produzem software, cujos salários são mais altos e que se identificam política e ideologicamente com a atividade eminentemente intelectual do capital, máxime na ideologia do empreendedorismo.
O fascismo hodierno hauriu solo fértil na revolução digital ou microeletrônica, devendo ser combatido pela hegemonia da classe trabalhadora tradicional das primeiras revoluções industriais, mas nota bene:
Essa aristocracia operária digital desempenhará papel axial na planificação econômica descentralizada vindoura do socialismo e ulterior comunismo, ao desenvolver o software de algoritmo central que se desincumbirá dessa planificação.
A ordem do dia contra o fascismo portanto é:
A classe trabalhadora é uma só.
POR LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador.
Sim, mas os novos desenvolvimentos em IA incluem a substituição de muitos dentre a massa de programadores de software
ResponderExcluirDesculpe, li muito apressadamente o texto. Concordo que não seria a "aristocracia operária" dos softwares a camada social capaz liderar um processo revolucionário. Mas tenho dúvidas quanto ao que você quis dizer quando se refere a trabalhadores das primeiras revoluções industriais.
ResponderExcluir