sábado, 22 de junho de 2024

SÓCRATES

A morte de Sócrates, o filósofo grego, marca o início da ideologia que no século XX seria conhecida como fascismo.


O racionalismo socrático reflete a ascensão da circulação de mercadorias mediante o dinheiro em um universo histórico dominado pelo modo de produção escravista antigo, com a decorrente dissociação entre atividade eminentemente intelectual (dinheiro) e atividade eminentemente manual (produção de mercadorias).


Os algozes de Sócrates combatiam esse irrefreável ímpeto histórico da ascensão monetária no mundo escravista, colimando extirpar a classe burguesa em seu nascedouro, mas quando os nazifascistas vituperavam contra a finança judaica, também deliravam com a utopia de uma sociedade de senhores e escravos despojados da racionalidade capitalista!


Uma ideologia perniciosa que elegia um inimigo imaginário na sociedade, o dinheiro, que era suscetível de hiperinflação, para propor uma fusão de classes produtivas, capitalistas industriais e proletariado, contra essa finança estrangeira e judaica.


O futurismo industrialista foi a manifestação mais clara de tal fusão no âmbito estético.


A morte de Sócrates é o pecado original da Bíblia nazifascista.





Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.

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