domingo, 9 de junho de 2024

COMUNISMO: ALGUNS ESCLARECIMENTOS

Dessume-se do estudo detido de obras como A ideologia alemã e o Manifesto comunista, de Marx e Engels, que o comunismo somente será alcançado em escala mundial, com a superação de fraturas de classes sociais e também de Estados nacionais, inaugurando a verdadeira Humanidade despojada de tais divisões históricas. 

Cuida-se de modo de produção que decorre do movimento histórico, a saber, de uma tendência cientificamente observada na própria história, mas que não se exibe inevitável, eis que depende da ação humana informada pela respectiva teoria científica, cabendo destacar que ele sucede o modo de produção capitalista que, por seu turno, sucedeu o modo de produção feudal, o qual sucedeu o modo de produção escravista antigo, e assim sucessivamente. 

Não se trata, pois, de uma simples opção política derivada da mente de algum sábio, mas de uma tendência histórica cientificamente investigada.

O impropriamente denominado comunismo do século XX da União Soviética e dos países a ela vinculados, na verdade, foram experimentos históricos de socialismo, isto é, uma época de transição para o modo comunista de produção, o qual somente será atingido em escala mundial, restando evidente que ainda não houve experiência concreta de tal modo de produção na história. 

A propriedade dos meios de produção no comunismo será coletiva, pertencente a toda a humanidade unificada pela superação das classes sociais, sendo certo que, segundo este que humildemente vos dirige a palavra, a planificação da economia restará a cargo de uma forma de algoritmo central que coletará e processará os dados de produção e consumo de todos os habitantes do planeta, que enviarão tais dados pela rede mundial de computadores (atual internet) e observarão as ordens enviadas pelo algoritmo, em processo parecido com o centralismo democrático, sendo certo que a diretriz básica de tal algoritmo será: de cada um conforme sua potencialidade, a cada um conforme sua necessidade. 



por LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador. 

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