De proêmio, rogo licença para evocar meu texto intitulado "Capitalismo e escravidão" anteriormente publicado neste portal eletrônico.
Nesse diapasão, temos que:
1. Durante o período do escravismo colonial, o senhor de escravos suportava o custo do processo de escravização, vale dizer, o processo de dissociação violenta entre o trabalhador e seus meios de produção.
2. Durante a fase do capitalismo escravista, o capitalista já não mais suporta os custos de tal dissociação violenta acima aludida, pois ela foi socializada no processo histórico de acumulação primitiva de capital, como descrito por Karl Marx no livro primeiro de O Capital.
3. No capitalismo maduro hodierno, a produção da força de trabalho já não mais demanda a dissociação violenta acima aludida, pois tal processo já foi historicamente superado, mas demanda a formação intelectual da força de trabalho pelo sistema educacional, mediante a escola pública, de tal sorte que se observa uma socialização da produção da força de trabalho e do respectivo custo consubstanciado no sistema educacional público.
Registre-se que o problema do custo de produção da força de trabalho está sempre historicamente presente.
Hipóteses sub judice.
por LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador.
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