1. O escravismo colonial, dissecado por Jacob Gorender, exigia do proprietário dos meios de produção, a saber, o senhor de engenho, principalmente, manter o trabalhador escravo vivo suprindo seus meios de subsistência mínimos, além do custo de aquisição do trabalhador escravo, consistente no custo da violência do processo de dissociação do trabalhador em relação aos seus meios de produção pela escravização.
2. No escravismo capitalista, isto é, no período do capitalismo anterior à revolução digital que subsumiu o trabalho eminentemente intelectual, o capitalista paga ao trabalhador somente os meios de subsistência mínimos, pois o processo de dissociação do trabalhador em relação aos seus meios de produção foi socializado historicamente, na acumulação primitiva de capital, e não custa nada a esse capitalista.
3. No capitalismo maduro, desde a revolução digital, o capitalista, além dos meios de subsistência mínimos, paga ao trabalhador o custo de formação da força de trabalho eminentemente intelectual produzida de forma capitalista pelo sistema educacional.
Por Luís Fernando Franco Martins Ferreira, historiador.
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