terça-feira, 10 de junho de 2025

UMA TENTATIVA DE REFINAR A HIPÓTESE, OU A TAXA SOCIAL DE MAIS-VALIA COMO MÉDIA HISTÓRICA.

Há uma contradição ínsita ao modo capitalista de produção consistente no fato de que a propriedade privada dos meios de produção precisa ser apta à consecução da reprodução social dos seres humanos, ou seja, malgrado vivam em sociedade, os seres humanos submetem-se ao capital como forma privada de propriedade dos meios de produção, de tal sorte, portanto, que a aludida reprodução social se faz aos trancos e solavancos, com graves desigualdades sociais e crises econômicas períodicas que comprometem o bom evolver da história humana. 

Por outro lado, como vimos no texto aqui publicado de título "Por uma história social da mais-valia", o método materialista histórico, que ascende do abstrato ao concreto, reflete um crescente processo de socialização do capital, isto é, uma crescente integração social dos seres humanos sob a égide do capital, inclusive com a formação de grandes monopólios econômicos e a equalização da taxa de lucro. 

Nesse diapasão, aventaria a conjectura de que a taxa social de mais-valia, consoante a hipótese que vem sendo esgrimida neste portal eletrônico, reflete uma MÉDIA HISTÓRICA do capitalismo, isto é, uma média que compreende toda a história do modo capitalista de produção como forma de reprodução social dos seres humanos.  

Evidentemente, a taxa social de mais-valia deve considerar, em seu cálculo, a evolução histórica da escolaridade média e da vida laboral média das populações envolvidas, consoante os elementos da fórmula de tal taxa já aqui ventilada, a saber, vida laboral média menos escolaridade média, subtração esta cujo resultado é dividido por esta mesma escolaridade média.

Conjecturas sub judice. 




por LUÍS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, historiador. 

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